A VISÃO DA WICCA SOBRE O SAGRADO
Não há problema algum se a definição da Deusa na Wicca difere ou não da definição judaica de Deus. Não haveria problema algum se a definição da Deusa na Wicca fosse semelhante àquelas que encontramos acerca do Sagrado no Hinduismo, no Candomblé, na Huna havaiana ou em qualquer outra religião ou sistema espiritual...
O que importa é o resultado que atingimos com as experiências e conexões que surgem à partir da definição que estabeleço e funciona para mim no meu processo de relação com a Divindade.
E sim, a Wicca ao contrário das outras crenças é uma religião que dá um grande valor às experiências pessoais que às vezes podem ter pouco ou nada em comum com as outras pessoas. Não devemos confundir coesão filosófica e ritualística com a visão individual que às vezes estabelecemos e que surgem naturalmente través de nosso contato pessoal e intransferível com os Deuses. Isso significa que, as ferramentas, temas e simbolismos que usamos para acessar os Deuses são comuns à maioria dos praticantes da Wicca. É a interpretação dessas experiências que diferem porque são resultados de nossas próprias percepções, que são altamente individuais, pessoais e porque não dizer limitadas.
Para elucidar um pouco algumas questões levantadas, compartilho com vocês um texto que está em meu livro WICCA PARA TODOS e que responde exatamente alguns desses questionamentos.
O Divino para a Wicca é considerado o centro da energia de todas as coisas que existem. A vida é uma inquebrantável teia de energia vibrante e esta energia é Divina. A maioria dos Wiccanianos compreende esta energia como a Deusa e entende o universo inteiro como o corpo Dela - incluindo a energia física e mental, assim como as forças da natureza e as leis da física.
O Divino é então imanente, o que significa que ele está aqui, neste momento e presente em todo o mundo: é a natureza manifestada.
Porém, outros Wiccanianos entendem o Divino de maneira diferenciada. Vamos explorar as diferentes visões sobre o Sagrado reconhecidas pelos praticantes da Arte, para que você se situe nesse vasto universo de crenças e perceba qual das formas se encaixa melhor na sua forma de ver o Divino durante seus rituais e invocações.
O DIVINO COMO A DEUSA PRIMORDIAL
O Divino é a Deusa primordial. Ela é a fonte de toda a vida, e a força vital provém e flui através Dela. A Deusa é a Deidade primordial, sobrenatural, a força criativa de toda a vida. Se existe um Deus, ele é o filho, consorte, ou uma manifestação da Grande Deusa. Qualquer outra divindade que possa existir provém Dela. Na realidade, as múltiplas divindades reconhecidas e invocadas podem ser vistas como diferentes aspectos da Deusa. Pensemos em um imenso corpo (Deusa) que possui e é formado por vários órgãos e membros (Deuses). Nenhum dos órgãos e membros (Deuses) vivem e atuam aparte do corpo (Deusa) e necessitam estar plenamente presentes nele para realizar suas funções com êxito. Assim, os muitos arquétipos Divinos e Deuses não são encarados como “criações” ou forças que vivem aparte deste imenso corpo Divino, mas fazem parte dele.
Da mesma maneira que o pé não desempenha as mesmas funções da mão ou do coração, quando invocamos ou chamamos uma divindade por este ou aquele nome é como se estivéssemos usando uma ou outra parte de um imenso organismo vivo. Quando dizemos que todas as Deusas são a Deusa e todos os Deuses são o Deus, estamos vendo o Divino por esta perspectiva. Como autora e Sacerdotisa Diânica Ruth Barrett diz: “existem somente dois tipos de pessoas no mundo: as mães e seus filhos”.
Neste grande corpo divino não estão presentes somente os Deuses, mas nós também. Todos fazemos parte dele e vivemos nele. A vida só é possível porque este corpo divino (a Deusa) vive. Quando invocamos esta ou aquela divindade estamos interagindo com as diferentes parte deste organismo divino da mesma forma que o coração interage com as artérias, que interage com o sangue, que circula por todo o corpo, interagindo inclusive com as bactérias que vivem no organismo. E assim tudo está unido numa teia sem fim.
Mesmo sendo imanente, o Divino é transcendente no sentido de que é um ser pensante, criativo e sobrenatural independente.
DIVINO COMO FONTE PRIMORDIAL
Muitos Wiccanianos estão reconciliando suas crenças espirituais com os ensinamentos dos novos físicos que desenvolveram a teoria chamada de Sutil Não-manifesto.
De acordo com as novas visões propostas pela física, o Divino é uma inteligência divina ativa e criativa, a fonte da energia para tudo o que existe.
De acordo com essa teoria, esta inteligência divina existia antes que o cosmos fosse formado e toda realidade provém dela. Tudo está conectado porque toda a realidade flui da fonte primordial, que abrange todo o tempo e espaço, todas as dimensões e planos de existência. Tudo o que existe se desdobra a partir desta fonte e então retorna a ela, num ciclo sem fim.
Neste grande corpo divino não estão presentes somente os Deuses, mas nós também. Todos fazemos parte dele e vivemos nele. A vida só é possível porque este corpo divino (a Deusa) vive. Quando invocamos esta ou aquela divindade estamos interagindo com as diferentes parte deste organismo divino da mesma forma que o coração interage com as artérias, que interage com o sangue, que circula por todo o corpo, interagindo inclusive com as bactérias que vivem no organismo. E assim tudo está unido numa teia sem fim.
Mesmo sendo imanente, o Divino é transcendente no sentido de que é um ser pensante, criativo e sobrenatural independente.
DIVINO COMO FONTE PRIMORDIAL
Muitos Wiccanianos estão reconciliando suas crenças espirituais com os ensinamentos dos novos físicos que desenvolveram a teoria chamada de Sutil Não-manifesto.
De acordo com as novas visões propostas pela física, o Divino é uma inteligência divina ativa e criativa, a fonte da energia para tudo o que existe.
De acordo com essa teoria, esta inteligência divina existia antes que o cosmos fosse formado e toda realidade provém dela. Tudo está conectado porque toda a realidade flui da fonte primordial, que abrange todo o tempo e espaço, todas as dimensões e planos de existência. Tudo o que existe se desdobra a partir desta fonte e então retorna a ela, num ciclo sem fim.
As pessoas continuadamente têm novas experiências e adquirem conhecimentos e insights. Todas estas informações se tornam parte da fonte primordial de energia e a fonte se expande e evolui. As pessoas são parte desta fonte, assim elas também evoluem, crescem e alcançam níveis mais sofisticados de inteligência. A fonte, o coração energético que alimenta o cosmos, está sempre em movimento, avançando e evoluindo. As pessoas também são parte desta evolução e são peça chave nesse avanço.
Nossa própria inteligência e percepção nos permite perceber esta fonte. Nossa consciência age como uma ponte entre o mundo real e esta inteligência divina.
Através de nossas consciências, acessamos informações de nossas experiências no mundo e compartilhamos com o Divino e através de nossa consciência também podemos receber informações desta fonte primordial de energia para usá-la no mundo.
Esta visão é consistente e compatível com a maneira através da qual o Paganismo encara sua relação com o Sagrado. Mesmo que a linguagem e teoria física sejam contemporâneas, ela não é diferente da idéia da Deusa primordial como força vital e um ser criativo.
A NATUREZA DA DIVINDADE
Muitos Wiccanianos honram e cultuam múltiplas divindades. O entendimento do que os Deuses são de verdade varia enormemente entre as pessoas e Tradições. Estes seres podem ser vistos como diferentes aspectos ou partes da Deusa ou entidades separadas Dela. Alguns compreendem os Deuses como seres sobrenaturais, forças da natureza ou arquétipos.
Alguns Wiccanianos honram e cultuam a Deusa e o Deus e não se sentem forçados ou inspirados a nomeá-los. Outros, sentem fortemente que devem nomear seus Deuses para honrá-los, cultuá-los e interagir com eles.
Nossa própria inteligência e percepção nos permite perceber esta fonte. Nossa consciência age como uma ponte entre o mundo real e esta inteligência divina.
Através de nossas consciências, acessamos informações de nossas experiências no mundo e compartilhamos com o Divino e através de nossa consciência também podemos receber informações desta fonte primordial de energia para usá-la no mundo.
Esta visão é consistente e compatível com a maneira através da qual o Paganismo encara sua relação com o Sagrado. Mesmo que a linguagem e teoria física sejam contemporâneas, ela não é diferente da idéia da Deusa primordial como força vital e um ser criativo.
A NATUREZA DA DIVINDADE
Muitos Wiccanianos honram e cultuam múltiplas divindades. O entendimento do que os Deuses são de verdade varia enormemente entre as pessoas e Tradições. Estes seres podem ser vistos como diferentes aspectos ou partes da Deusa ou entidades separadas Dela. Alguns compreendem os Deuses como seres sobrenaturais, forças da natureza ou arquétipos.
Alguns Wiccanianos honram e cultuam a Deusa e o Deus e não se sentem forçados ou inspirados a nomeá-los. Outros, sentem fortemente que devem nomear seus Deuses para honrá-los, cultuá-los e interagir com eles.
Uma vez que o inconsciente coletivo é inerente a todos os povos da Terra, os muitos mitos que as diversas culturas produzem são semelhantes, mesmo que estes grupos estejam completamente separados pelo tempo e regiões. No interior do inconsciente coletivo estão presentes os arquétipos, ou seja, as figuras que aparecem constantemente nos mitos e religiões de todos os povos: a Grande Mãe, o Pai Céu, o Guerreiro, a Criança Divina etc. No interior deste universo pessoal vive também um arquétipo que Jung nomeou de “Self”. Esta é a parte de nós que está além de nosso Eu cotidiano, é aquela parte de nós que sobrevive além da morte do corpo. É com este material do inconsciente coletivo que a Wicca trabalha: o arquétipo dos Deuses, o Self e a relação entre eles.
Os arquétipos dos Deuses servem como arquétipos duplos de forças divinas que se movem no universo e no mundo exterior, mas ao mesmo tempo são arquétipos de nossa própria divindade interior, o Self. Quando invocamos a Deusa e o Deus nos sintonizamos com a centelha divina dentro de nós.
Este conceito, de que estamos ao centro de nossa Divindade, é difícil para ego alcançar. Geralmente vemos o Divino dentro de nós como uma divindade externa, mas ele é a manifestação da divinização da Divindade interior , daquilo que somos e não a Divindade exterior.
Somos tanto humanos quanto Divinos e em nossos encontros iniciais com o Self, podemos percebê-lo não como um Deus ou Deusa mas na forma arquetípica de seres espirituais que encontramos em nossas jornadas meditativas. Geralmente nesses momentos encontramos com a figura do sábio ou da sábia que aparece em nossos sonhos e jornadas de meditação. Na realidade esta figura que se apresenta à nós nessas ocasiões é o próprio Self.
Os arquétipos dos Deuses servem como arquétipos duplos de forças divinas que se movem no universo e no mundo exterior, mas ao mesmo tempo são arquétipos de nossa própria divindade interior, o Self. Quando invocamos a Deusa e o Deus nos sintonizamos com a centelha divina dentro de nós.
Este conceito, de que estamos ao centro de nossa Divindade, é difícil para ego alcançar. Geralmente vemos o Divino dentro de nós como uma divindade externa, mas ele é a manifestação da divinização da Divindade interior , daquilo que somos e não a Divindade exterior.
Somos tanto humanos quanto Divinos e em nossos encontros iniciais com o Self, podemos percebê-lo não como um Deus ou Deusa mas na forma arquetípica de seres espirituais que encontramos em nossas jornadas meditativas. Geralmente nesses momentos encontramos com a figura do sábio ou da sábia que aparece em nossos sonhos e jornadas de meditação. Na realidade esta figura que se apresenta à nós nessas ocasiões é o próprio Self.
Os primeiros encontros com o Self através dos processos de invocação e ritual podem ser problemáticos, pois o contato com essa essência divina pode criar em nós a sensação de onipotência. Isso acontece porque no decorrer dessa experiência mística, um arquétipo pode seqüestrar o ego. Nessas ocasiões o arquétipo aparece de maneira estranha, como se não pertencesse à consciência e se nos identificarmos com ele, isso poderá causar altos danos mudando nossa personalidade, geralmente causando a megalomania ou o seu oposto.
A identificação com um arquétipo particular de uma Deusa ou um Deus é o centro dos rituais religiosos e mágicos de muitas religiões, inclusive da Wicca. Invocações criam uma mudança temporária dentro de nós, mas a função de todos os sistemas espirituais é tornar essa mudança permanente. Quando puxamos a lua ou o sol para baixo, por exemplo, fazemos uma ponte entre o nosso eu cotidiano, o ego e o nosso Eu Divino. Quanto mais acessarmos este Self através da invocação e ritual, mais e mais esta ponte se fará permanente até que a cruzamos e em vez do nosso ego alcançar o contato com o Self, o centro de nossa consciência será transferido para ele.
Se o Divino está dentro de nós, ele é meramente psicológico, uma construção imaginária? As formas externas dos Deuses são reais?
Podemos dizer que o que estamos personificando de maneira a refletir nosso eu inconsciente é o poder da força divina em termos de símbolos.
Na Wicca podemos dizer que aquilo que está por trás da imagem é uma realidade divina. Estas imagens não são suposições, são verdadeiras expressões da natureza do Divino traduzidas em termos humanos e nós, conseqüentemente, as tratamos com respeito e honra. A total natureza desta realidade está além do nosso entendimento humano e nós, por sua vez, vestimos esta realidade multifacetada em imagens arquetípicas que são expressão da verdade parcial, mas não da verdade completa.
Os Deuses são considerados expressões do Divino dentro da humanidade.
A identificação com um arquétipo particular de uma Deusa ou um Deus é o centro dos rituais religiosos e mágicos de muitas religiões, inclusive da Wicca. Invocações criam uma mudança temporária dentro de nós, mas a função de todos os sistemas espirituais é tornar essa mudança permanente. Quando puxamos a lua ou o sol para baixo, por exemplo, fazemos uma ponte entre o nosso eu cotidiano, o ego e o nosso Eu Divino. Quanto mais acessarmos este Self através da invocação e ritual, mais e mais esta ponte se fará permanente até que a cruzamos e em vez do nosso ego alcançar o contato com o Self, o centro de nossa consciência será transferido para ele.
Se o Divino está dentro de nós, ele é meramente psicológico, uma construção imaginária? As formas externas dos Deuses são reais?
Podemos dizer que o que estamos personificando de maneira a refletir nosso eu inconsciente é o poder da força divina em termos de símbolos.
Na Wicca podemos dizer que aquilo que está por trás da imagem é uma realidade divina. Estas imagens não são suposições, são verdadeiras expressões da natureza do Divino traduzidas em termos humanos e nós, conseqüentemente, as tratamos com respeito e honra. A total natureza desta realidade está além do nosso entendimento humano e nós, por sua vez, vestimos esta realidade multifacetada em imagens arquetípicas que são expressão da verdade parcial, mas não da verdade completa.
Os Deuses são considerados expressões do Divino dentro da humanidade.
Os Deuses também são considerados forças divinas operando no universo. Se eles são vistos como aspectos de uma força vital impessoal ou como seres cósmicos com uma individualidade, irá depender de nossa própria experiência interna e cada pessoa irá interpretar isso de maneira diferente. Porém, na Wicca,ambos os conceitos da natureza do Divino repousam nas antigas interpretações Pagãs de dois grupos de filósofos gregos: os Neoplatônicos e os Estóicos.
Os Pagãos Neoplatônicos viam o Divino como um ser que era de uma natureza diferente da humanidade, fora do mundo criado da transcendência. Os Estóicos acreditavam que o universo era Divino por si só e que os seres humanos eram parte desta divindade. Na Wicca contemporânea a maioria das pessoas aceita que o Divino é imanente, enquanto outras pessoas acreditam que ele também é transcendente.
Macha Nightmare explica isso muito bem em um trecho do seu livro Witchcraft and the Web:
''Muitos de nós experienciamos o Divino como imanente, em vez de transcendente, porém podemos também experimentar o Divino em formas que transcendem e de maneira que transformem. Vemos a divindade dentro do mundo e como o mundo; o mundo não está separado do sagrado. Em um de seus livros o Alto Sacerdote Gardneriano, Gus diZerega nota que ‘o mundo nunca está completamente separado do Sagrado, e então ele possui intrínsecos valores que somos obrigados a respeitar, e que é um pouco independente de nossas próprias preferências’. Ele mais pra frente explica: ‘Quando vemos a espiritualidade Pagã como um todo, iremos encontrar uma extensa ênfase ao longo deste ponto. Algumas pessoas irão enfatizar a dimensão Divina transcendente...outros irão enfatizar mais as dimensões espirituais imanentes...mas ao menos todas as tradições Pagãs reconhecem a existência de ambas dimensões’.
Os Pagãos Neoplatônicos viam o Divino como um ser que era de uma natureza diferente da humanidade, fora do mundo criado da transcendência. Os Estóicos acreditavam que o universo era Divino por si só e que os seres humanos eram parte desta divindade. Na Wicca contemporânea a maioria das pessoas aceita que o Divino é imanente, enquanto outras pessoas acreditam que ele também é transcendente.
Macha Nightmare explica isso muito bem em um trecho do seu livro Witchcraft and the Web:
''Muitos de nós experienciamos o Divino como imanente, em vez de transcendente, porém podemos também experimentar o Divino em formas que transcendem e de maneira que transformem. Vemos a divindade dentro do mundo e como o mundo; o mundo não está separado do sagrado. Em um de seus livros o Alto Sacerdote Gardneriano, Gus diZerega nota que ‘o mundo nunca está completamente separado do Sagrado, e então ele possui intrínsecos valores que somos obrigados a respeitar, e que é um pouco independente de nossas próprias preferências’. Ele mais pra frente explica: ‘Quando vemos a espiritualidade Pagã como um todo, iremos encontrar uma extensa ênfase ao longo deste ponto. Algumas pessoas irão enfatizar a dimensão Divina transcendente...outros irão enfatizar mais as dimensões espirituais imanentes...mas ao menos todas as tradições Pagãs reconhecem a existência de ambas dimensões’.
Panteístas vêem o Divino em tudo, acreditando que o Divino é onipresente. Eles concebem o universo físico como Divino em sua totalidade. Uma de suas visões é a imanência.
Panenteístas, no entanto, concebem o Divino de duas formas como transcendente e imanente. Irei descrever a mim mesma como sendo panenteísta. Percebo a Deusa preenchendo e imbuindo todas as coisas, incluindo meu próprio ser. Eu a vejo na vasta visão do horizonte do ponto mais alto, em rios cintilantes, nos gansos que migram e em passeios pela calçada na cidade; ela existe para mim nas latas de lixo, no correr das ratazanas e nos rubis brilhando em vermelho; Ela está lá na aurora boreal, em bosques de sequóias e na bolsa de uma mulher. Eu a ouço nos ruídos de uma estrada e nos ruídos do mar, no grito estridente da presa do falcão e no arrulhar do pombo. Seu aroma surge de um amontoado de esterco e do jardim de rosas, do pântano e da lótus. Eu a respiro a cada respiração, e caminho no tempo com o seu caminhar.
Se Panenteísta é um termo apropriado para descrever minhas crenças e experiência, politeísta também é. [.....]
A maioria do tempo, percebo as deidades como sendo separadas de mim mesma, entidades para se aproximar com reverência e tratar com honra e dignidade- exceto por aquelas entre elas que não têm nada a ver com dignidade. Mas algumas vezes surgiram circunstâncias onde chamava o Divino para falar através de mim. Desde o início, o Divino, quando se manifestou no meu corpo, foi feminino [.....] Quando experimento a mudança de consciência que me transforma em alguma deidade manifestada no meu corpo me sinto extática, no sentido que eu saio de meu estado normal. A mortal Macha retrocede em mim e permite ao Divino falar. Nessas circunstâncias, minha experiência do Divino é transcendente. Transcendo meu eu humano e me abro para a divindade.
Vamos olhar para mais um dos “teísmos”: o Henoteísmo.
Panenteístas, no entanto, concebem o Divino de duas formas como transcendente e imanente. Irei descrever a mim mesma como sendo panenteísta. Percebo a Deusa preenchendo e imbuindo todas as coisas, incluindo meu próprio ser. Eu a vejo na vasta visão do horizonte do ponto mais alto, em rios cintilantes, nos gansos que migram e em passeios pela calçada na cidade; ela existe para mim nas latas de lixo, no correr das ratazanas e nos rubis brilhando em vermelho; Ela está lá na aurora boreal, em bosques de sequóias e na bolsa de uma mulher. Eu a ouço nos ruídos de uma estrada e nos ruídos do mar, no grito estridente da presa do falcão e no arrulhar do pombo. Seu aroma surge de um amontoado de esterco e do jardim de rosas, do pântano e da lótus. Eu a respiro a cada respiração, e caminho no tempo com o seu caminhar.
Se Panenteísta é um termo apropriado para descrever minhas crenças e experiência, politeísta também é. [.....]
A maioria do tempo, percebo as deidades como sendo separadas de mim mesma, entidades para se aproximar com reverência e tratar com honra e dignidade- exceto por aquelas entre elas que não têm nada a ver com dignidade. Mas algumas vezes surgiram circunstâncias onde chamava o Divino para falar através de mim. Desde o início, o Divino, quando se manifestou no meu corpo, foi feminino [.....] Quando experimento a mudança de consciência que me transforma em alguma deidade manifestada no meu corpo me sinto extática, no sentido que eu saio de meu estado normal. A mortal Macha retrocede em mim e permite ao Divino falar. Nessas circunstâncias, minha experiência do Divino é transcendente. Transcendo meu eu humano e me abro para a divindade.
Vamos olhar para mais um dos “teísmos”: o Henoteísmo.
O Henoteísmo trabalha com um conjunto particular de deidades, enquanto não nega a existência de outras. Posso alegremente trabalhar com um único grupo de Deuses, um panteão étnico particularmente- em outras palavras caminhar pela estrada do henoteísmo- quando estou com pessoas que façam desta forma. Tenho dois amigos que, como Sacerdotisa de Hécate e Sacerdote de Hermes, construíram um templo onde realizam rituais de lua negra para as duas divindades, Esta é sua prática religiosa regular. Poderia chamar isso um exemplo de henoteísmo.
Gus diZerega nos diz que, uma vez que vemos o mundo como uma dimensão da divindade, ao contrário de estar separado dela, naturalmente buscamos por outras fontes além de textos para legitimar o conhecimento e discernimento espiritual.
Alguns Pagãos e Bruxos não “acreditam” em nenhuma deidade, mas ainda assim acreditam ser benéfico falar com e para elas e trabalhar com as mesmas no contexto de um ritual em grupo. Refletindo sobre nossas atitudes a cerca das deidades, Erik Davis observa que ‘muitos Pagãos abraçam estes entidades com uma combinação de convicção e frivolidade, superstição, psicologia e materialismo demais’. São nossas práticas compartilhadas, apesar de nossas crenças individuais, que mantêm nossa comunidade unida.”
Como podemos ver, um praticante da Arte pode perceber o Sagrado de diferentes maneiras. O importante não é a maneira como vemos e compreendemos, mas sim se o nosso contato com ele é efetivo e capaz de promover mudanças interiores que nos levam à cura de nossa alma.
Gus diZerega nos diz que, uma vez que vemos o mundo como uma dimensão da divindade, ao contrário de estar separado dela, naturalmente buscamos por outras fontes além de textos para legitimar o conhecimento e discernimento espiritual.
Alguns Pagãos e Bruxos não “acreditam” em nenhuma deidade, mas ainda assim acreditam ser benéfico falar com e para elas e trabalhar com as mesmas no contexto de um ritual em grupo. Refletindo sobre nossas atitudes a cerca das deidades, Erik Davis observa que ‘muitos Pagãos abraçam estes entidades com uma combinação de convicção e frivolidade, superstição, psicologia e materialismo demais’. São nossas práticas compartilhadas, apesar de nossas crenças individuais, que mantêm nossa comunidade unida.”
Como podemos ver, um praticante da Arte pode perceber o Sagrado de diferentes maneiras. O importante não é a maneira como vemos e compreendemos, mas sim se o nosso contato com ele é efetivo e capaz de promover mudanças interiores que nos levam à cura de nossa alma.
As razões de invocarmos os Deuses são muitas
Nas muitas religiões, o ato de invocar expressa uma tentativa de comunicação com uma divindade, espíritos, forças, energias e poderes e tem não só o propósito de culto e veneração, mas também orientação, aconselhamento, auxilio, transformação, reparação de erros e falhas além da expressão dos pensamentos e sentimentos do invocador a uma energia superior.
As muitas tradições espirituais possuem uma variedade incrível de atos devocionais e práticas que envolvem o ato da invocação, de uma maneira ou outra. Várias religiões possuem orações específicas para serem verbalizadas ao acordar ou ao dormir, durante as refeições e dias sagrados, enquanto outras preferem as orações espontâneas e improvisadas como forma de estabelecer contato com o Sagrado. Há religiões, ainda, que combinam as duas formas de invocações.
O ato de invocar, assim, representa:
• A crença de que o ser humano pode se comunicar com o Divino
• A convicção de que o Sagrado é receptivo e é interessado em estabelecer comunicação conosco
• A certeza de que orações e invocações podem incutir determinadas atitudes, sentimentos e forças no invocador
• Que a invocação auxilia uma pessoa a focar em um objetivo ou voltar sua atenção ao Sagrado através de uma contemplação espiritual, filosófica e intelectual
• A afirmação de que a invocação possibilita às pessoas uma experiência direta com o Divino
• A crença de que o ato de invocar afeta a realidade ao nosso redor, como a percebemos
• A convicção de que a invocação se torna catalisadora de mudanças não só nas circunstâncias da vida e terceiras partes beneficiadas, mas acima de tudo no Eu possibilitando a evolução em todos os níveis, principalmente espiritual, para o encontro da Totalidade
• E O MAIS IMPORTANTE: A certeza de que aquele que invoca deseja e aprecia que a Divindade interfira para provocar as transformações solicitadas
As muitas tradições espirituais possuem uma variedade incrível de atos devocionais e práticas que envolvem o ato da invocação, de uma maneira ou outra. Várias religiões possuem orações específicas para serem verbalizadas ao acordar ou ao dormir, durante as refeições e dias sagrados, enquanto outras preferem as orações espontâneas e improvisadas como forma de estabelecer contato com o Sagrado. Há religiões, ainda, que combinam as duas formas de invocações.
O ato de invocar, assim, representa:
• A crença de que o ser humano pode se comunicar com o Divino
• A convicção de que o Sagrado é receptivo e é interessado em estabelecer comunicação conosco
• A certeza de que orações e invocações podem incutir determinadas atitudes, sentimentos e forças no invocador
• Que a invocação auxilia uma pessoa a focar em um objetivo ou voltar sua atenção ao Sagrado através de uma contemplação espiritual, filosófica e intelectual
• A afirmação de que a invocação possibilita às pessoas uma experiência direta com o Divino
• A crença de que o ato de invocar afeta a realidade ao nosso redor, como a percebemos
• A convicção de que a invocação se torna catalisadora de mudanças não só nas circunstâncias da vida e terceiras partes beneficiadas, mas acima de tudo no Eu possibilitando a evolução em todos os níveis, principalmente espiritual, para o encontro da Totalidade
• E O MAIS IMPORTANTE: A certeza de que aquele que invoca deseja e aprecia que a Divindade interfira para provocar as transformações solicitadas
Invocações são compostas por palavras, que por sua vez são utilizadas para expressar idéias, conceitos, pensamentos e necessidades. Em suma, as palavras nos definem em muitos aspectos. É a nossa forma mais importante de comunicação. Mesmo no silêncio, quando não estamos dizendo nada aos outros, estamos formulando pensamentos em nossa mente através de palavras. Quando alguém deseja nos transmitir um sentimento, emoção. idéia, opinião ou conceito, palavras são utilizadas para isso.
A fala e as palavras estão intimamente ligadas. De muitas formas, o uso das palavras através da voz é mais do que um mero som produzido por meio das cordas vocais ou seqüência de pensamentos lógicos. É uma corrente transformadora de energia, vida e poder. São as palavras que julgam, salvam, condenam, demonstram, avisam, expressam amor ou ódio. Elas expressam a unidade básica e força do pensamento não só a nível físico, mas energético e espiritual. Se analisarmos bem, perceberemos que elas criam um campo vibracional ao nosso redor, um efeito eletromagnético que faz com que aquilo que verbalizamos se volte para nós próprios. Perceba o quanto a pessoa que utiliza as palavras para incitar o ódio cria tensão ao seu redor de si e o quanto aquele que se vale delas para transmitir o amor atrai as mesmas energia ao seu redor. Se isso é verdade em termos cotidianos, também é uma realidade multidimensional. O que dizemos é arquivado em nossa mente subconsciente, sua energia é gravada em nosso campo áurico, colocando-nos em um estado receptivo para a atração da força invocada através das palavras. Isto é uma lei infalível e desta maneira nossa vida é produto daquilo que pensamos e verbalizamos.
A fala e as palavras estão intimamente ligadas. De muitas formas, o uso das palavras através da voz é mais do que um mero som produzido por meio das cordas vocais ou seqüência de pensamentos lógicos. É uma corrente transformadora de energia, vida e poder. São as palavras que julgam, salvam, condenam, demonstram, avisam, expressam amor ou ódio. Elas expressam a unidade básica e força do pensamento não só a nível físico, mas energético e espiritual. Se analisarmos bem, perceberemos que elas criam um campo vibracional ao nosso redor, um efeito eletromagnético que faz com que aquilo que verbalizamos se volte para nós próprios. Perceba o quanto a pessoa que utiliza as palavras para incitar o ódio cria tensão ao seu redor de si e o quanto aquele que se vale delas para transmitir o amor atrai as mesmas energia ao seu redor. Se isso é verdade em termos cotidianos, também é uma realidade multidimensional. O que dizemos é arquivado em nossa mente subconsciente, sua energia é gravada em nosso campo áurico, colocando-nos em um estado receptivo para a atração da força invocada através das palavras. Isto é uma lei infalível e desta maneira nossa vida é produto daquilo que pensamos e verbalizamos.
O impulso evolutivo do som cósmico, induzido por vibrações, gera a energia perpétua do universo. O conhecimento do som absoluto descreve o poder sublime do som onipresente como um todo eterno, sem limite. O som é a fonte básica da energia e movimento do universo. Podemos dizer que mesmo a existência física do universo se originou através do impulso cósmico e da onipresente e eterna origem do som.
Em nosso dia a dia nos deparamos com dois tipos de som: o audível e o não audível. As palavras faladas estão relacionadas à primeira categoria de som e as expressas silenciosamente ou por meio da linguagem da mente estão ligadas à segunda categoria.
Teorias dos físicos modernos têm advogado que os sons audíveis e não audíveis são relativos um ao outro em termos de freqüência. As formas ultra e supersônicas são audíveis ao ouvidos da maioria das pessoas, que podem normalmente sentir os sons a um raio de freqüência que vai de 20 a 20000 vibrações por segundo. O som do mar, quebrando na praia a milhas de distância pode não ser audível aos seus ouvidos, mas é real para quem está próximo dele e nem por isso ele deixa de existir. Assim sendo, tanto a categoria de sons audíveis como a de não-audíveis existem na mesma realidade e estão diretamente relacionados.
Nossa vida e até mesmo o cosmos é formado por ondas sonoras com freqüência de todos os alcances, que podem ser traduzidas em sons. Muitos outros animais na natureza estão bem melhor preparados para perceber os sons sutis do que nós humanos, o que demonstra claramente que somos limitados na percepção da realidade ao nosso redor.
As vibrações sonoras daquilo que falamos ou pensamos permanece no universo para sempre e por isso a arte da invocação permite uma extraordinária comunicação com o mundo ao nosso redor e a interação com as sublimes forças cósmicas que no Paganismo chamamos de Deuses. A configuração das palavras que compõem uma invocação a torna importante em termos de efeitos sonoros associados.
Em nosso dia a dia nos deparamos com dois tipos de som: o audível e o não audível. As palavras faladas estão relacionadas à primeira categoria de som e as expressas silenciosamente ou por meio da linguagem da mente estão ligadas à segunda categoria.
Teorias dos físicos modernos têm advogado que os sons audíveis e não audíveis são relativos um ao outro em termos de freqüência. As formas ultra e supersônicas são audíveis ao ouvidos da maioria das pessoas, que podem normalmente sentir os sons a um raio de freqüência que vai de 20 a 20000 vibrações por segundo. O som do mar, quebrando na praia a milhas de distância pode não ser audível aos seus ouvidos, mas é real para quem está próximo dele e nem por isso ele deixa de existir. Assim sendo, tanto a categoria de sons audíveis como a de não-audíveis existem na mesma realidade e estão diretamente relacionados.
Nossa vida e até mesmo o cosmos é formado por ondas sonoras com freqüência de todos os alcances, que podem ser traduzidas em sons. Muitos outros animais na natureza estão bem melhor preparados para perceber os sons sutis do que nós humanos, o que demonstra claramente que somos limitados na percepção da realidade ao nosso redor.
As vibrações sonoras daquilo que falamos ou pensamos permanece no universo para sempre e por isso a arte da invocação permite uma extraordinária comunicação com o mundo ao nosso redor e a interação com as sublimes forças cósmicas que no Paganismo chamamos de Deuses. A configuração das palavras que compõem uma invocação a torna importante em termos de efeitos sonoros associados.
Quando invocamos, a composição dos acentos, intensidade vocal, amplitude da voz e ritmos resultam na expansão do desejo no reino infinito da energia física, espiritual e na consciência do invocador. Em função da propriedade única do som uma invocação pode atravessar, através das ondas eletromagnéticas, qualquer coisa no espaço para provocar uma mudança espiritual, pessoal e cósmica.
Importantes pesquisas científicas têm demonstrado a importância da energia sônica em inúmeras áreas de interesse, indo desde aplicações das tecnologias ultra-sônicas até as infra-sônicas em máquinas usadas na medicina para medir as ondas cerebrais e visualizar o que se passa no interior do corpo humano.
Podemos sentir muito mais facilmente os efeitos das energias termais, elétricas e hídricas sobre o nosso corpo do que a energia sonora, mas nem por isso ela deixa de ser importante e poderosa. Qualquer forma de som tem um efeito similar sobre nós ao de qualquer outra fonte de energia.
O intuito do uso das invocações nos rituais é levar o ser humano a um estado alterado de consciência, aquele apropriado para ser usado nos rituais e práticas mágicas. O que precisamos é saber como adequadamente gerar, transformar e direcionar essa força para que ela não seja apenas sentida através de nosso estado psicológico e emocional, mas torne-se uma experiência real e intensa capaz de produzir alterações magicamente perceptíveis. Toda invocação pode fazer isso e esta é a razão pela qual elas são usadas de forma tão bem-sucedida desde tempos imemoráveis em todas as formas de religião.
Importantes pesquisas científicas têm demonstrado a importância da energia sônica em inúmeras áreas de interesse, indo desde aplicações das tecnologias ultra-sônicas até as infra-sônicas em máquinas usadas na medicina para medir as ondas cerebrais e visualizar o que se passa no interior do corpo humano.
Podemos sentir muito mais facilmente os efeitos das energias termais, elétricas e hídricas sobre o nosso corpo do que a energia sonora, mas nem por isso ela deixa de ser importante e poderosa. Qualquer forma de som tem um efeito similar sobre nós ao de qualquer outra fonte de energia.
O intuito do uso das invocações nos rituais é levar o ser humano a um estado alterado de consciência, aquele apropriado para ser usado nos rituais e práticas mágicas. O que precisamos é saber como adequadamente gerar, transformar e direcionar essa força para que ela não seja apenas sentida através de nosso estado psicológico e emocional, mas torne-se uma experiência real e intensa capaz de produzir alterações magicamente perceptíveis. Toda invocação pode fazer isso e esta é a razão pela qual elas são usadas de forma tão bem-sucedida desde tempos imemoráveis em todas as formas de religião.
RAZÕES PARA INVOCAR
Além de ser a maior expressão devocional entre nós e o Divino, o uso das invocações, orações e textos sagrados nos rituais ou no dia a dia pode representar muitas outras coisas e servir para inúmeros propósitos:
Centrar-se no momento presente: Nossa mente na maioria das vezes está no passado ou no futuro, o que por si só é uma ilusão. O verdadeiro momento de poder é agora. Poucos são os que conseguem se focar no presente de maneira clara e direta. Ao usar as invocações em nosso cotidiano estamos de maneira simples nos centrando no nosso mundo imediato. Desta forma conclamamos nossos 3 estados mentais, os Deuses e as forças da natureza para o momento presente de nossas vidas. Fazer uma invocação a um Deus da abundância quando precisamos de prosperidade, a uma Deusa da cura quando estamos acamados ou a uma divindade do amor e beleza quando precisamos aumentar nossa auto-estima, é uma forma simples e eficaz de focar nossa atenção naquilo que precisamos trabalhar imediatamente.
Conectar-se mais profundamente com o divino: Invocar significa fazer presente, tornar manifesto. O uso freqüente das invocações cria um forte laço de conexão com o Divino nos levando a experienciá-lo de maneira profunda, de forma a podermos mergulhar em sua essência mais pura e direta. Quando fazemos nossas orações e invocações a uma deidade, estamos estabelecendo um laço de amizade com ela. Isso aos poucos fará com que nossa relação com o Divino seja ampliada e que ele zele por nós em diversos momentos de necessidade.
Relaxar o corpo e a mente: Mente e corpo são inseparáveis e a mente agitada produz inevitavelmente um corpo cansado, estressado e sobrecarregado. Parar por alguns momentos diariamente em frente ao seu altar e invocar seus Deuses de devoção é uma forma de meditação espontânea que o ajudará a relaxar sua mente enquanto ao mesmo tempo a eleva ao sagrado. Assim, o corpo também relaxará por alguns instantes.
Além de ser a maior expressão devocional entre nós e o Divino, o uso das invocações, orações e textos sagrados nos rituais ou no dia a dia pode representar muitas outras coisas e servir para inúmeros propósitos:
Centrar-se no momento presente: Nossa mente na maioria das vezes está no passado ou no futuro, o que por si só é uma ilusão. O verdadeiro momento de poder é agora. Poucos são os que conseguem se focar no presente de maneira clara e direta. Ao usar as invocações em nosso cotidiano estamos de maneira simples nos centrando no nosso mundo imediato. Desta forma conclamamos nossos 3 estados mentais, os Deuses e as forças da natureza para o momento presente de nossas vidas. Fazer uma invocação a um Deus da abundância quando precisamos de prosperidade, a uma Deusa da cura quando estamos acamados ou a uma divindade do amor e beleza quando precisamos aumentar nossa auto-estima, é uma forma simples e eficaz de focar nossa atenção naquilo que precisamos trabalhar imediatamente.
Conectar-se mais profundamente com o divino: Invocar significa fazer presente, tornar manifesto. O uso freqüente das invocações cria um forte laço de conexão com o Divino nos levando a experienciá-lo de maneira profunda, de forma a podermos mergulhar em sua essência mais pura e direta. Quando fazemos nossas orações e invocações a uma deidade, estamos estabelecendo um laço de amizade com ela. Isso aos poucos fará com que nossa relação com o Divino seja ampliada e que ele zele por nós em diversos momentos de necessidade.
Relaxar o corpo e a mente: Mente e corpo são inseparáveis e a mente agitada produz inevitavelmente um corpo cansado, estressado e sobrecarregado. Parar por alguns momentos diariamente em frente ao seu altar e invocar seus Deuses de devoção é uma forma de meditação espontânea que o ajudará a relaxar sua mente enquanto ao mesmo tempo a eleva ao sagrado. Assim, o corpo também relaxará por alguns instantes.
Quanto mais longa for sua invocação e relação devocional diária com os Deuses, maior será a paz e relaxamento direcionados não só para a sua mente e corpo, mas também para cada área de sua vida, o que inclui mas não se restringe à saúde, paz, equilíbrio interior e relações humanas de toda natureza.
Centrar, aterrar e equilibrar: Na Wicca, assim como em muitos outros caminhos Pagãos, o ato de centrar, aterrar e equilibrar ocupa um espaço importante antes, durante e depois dos rituais. Centrar significa voltar nossa atenção ao interior para estabelecer o verdadeiro propósito de um ritual, meditação ou trabalho mágico. É nesse momento que analisamos se nosso Eu Interior verdadeiramente deseja aquilo que aparentemente ansiamos, ou se tal desejo é somente uma projeção da vontade superficial do Eu Lógico ou Jovem e não possui importância alguma para o real significado de nossa existência. Aterrar é uma forma de enviar as energias criadas durante o decorrer de um ritual para a sua fonte de origem. Aterrar também pode ser compreendido como um chamado destinado a nossa mente para que ela retorne à sua forma mundana de pensar e racionalizar, após ser alterada para fazer magia e se comunicar com o Sagrado. Equilibrar, expressa o ato de colocar um sentimento, desejo, emoção e energias em total harmonia para manifestar aquilo que é desejado espiritualmente ou fisicamente. Tudo isso pode ser alcançado através do uso de invocações programadas ou espontâneas no início, meio ou fim de um ritual ou prática mágica.
Ampliar suas qualidades: Invocações também podem ser usadas para ampliar suas qualidades positivas, dons e potencialidades. Podemos invocar não somente Deuses, mas atributos pessoais que possam estar adormecidos dentro de nós e que podem ser despertados quando proferimos uma invocação. Quando estiver cansado, invoque a energia vital. Ao se sentir desmotivado, chame pela força interior. Se estiver amedrontado perante os obstáculos e barreiras da vida, faça uma invocação à coragem do guerreiro que existe em você.
Centrar, aterrar e equilibrar: Na Wicca, assim como em muitos outros caminhos Pagãos, o ato de centrar, aterrar e equilibrar ocupa um espaço importante antes, durante e depois dos rituais. Centrar significa voltar nossa atenção ao interior para estabelecer o verdadeiro propósito de um ritual, meditação ou trabalho mágico. É nesse momento que analisamos se nosso Eu Interior verdadeiramente deseja aquilo que aparentemente ansiamos, ou se tal desejo é somente uma projeção da vontade superficial do Eu Lógico ou Jovem e não possui importância alguma para o real significado de nossa existência. Aterrar é uma forma de enviar as energias criadas durante o decorrer de um ritual para a sua fonte de origem. Aterrar também pode ser compreendido como um chamado destinado a nossa mente para que ela retorne à sua forma mundana de pensar e racionalizar, após ser alterada para fazer magia e se comunicar com o Sagrado. Equilibrar, expressa o ato de colocar um sentimento, desejo, emoção e energias em total harmonia para manifestar aquilo que é desejado espiritualmente ou fisicamente. Tudo isso pode ser alcançado através do uso de invocações programadas ou espontâneas no início, meio ou fim de um ritual ou prática mágica.
Ampliar suas qualidades: Invocações também podem ser usadas para ampliar suas qualidades positivas, dons e potencialidades. Podemos invocar não somente Deuses, mas atributos pessoais que possam estar adormecidos dentro de nós e que podem ser despertados quando proferimos uma invocação. Quando estiver cansado, invoque a energia vital. Ao se sentir desmotivado, chame pela força interior. Se estiver amedrontado perante os obstáculos e barreiras da vida, faça uma invocação à coragem do guerreiro que existe em você.
Isto também é uma forma de invocação e não deve ser menosprezada.
Desenvolver a gratidão e o amor: Muitas são as orações e invocações que externam o amor e gratidão em suas múltiplas manifestações. Quando proferimos as palavras que compõem estas belas formas de poesia mágica, estamos despertando a compaixão tão esquecida, mas fortemente presente em cada um de nós.
Despertar a dimensão espiritual do ser: Invocações também são ferramentas capazes de acordar o ser para a sua dimensão espiritual. Ao invocar uma Deidade, estamos mergulhando em sua essência e consciência divina. O intuito disso é fazer que com o passar do tempo a nossa mente e a da Divindade estejam em perfeita unidade, de forma que possamos agir e pensar de maneira divina.
Conforme a arte da invocação fizer parte de sua vida, abrindo sua visão para a compreensão do Mistério, você naturalmente verá através do véu das aparências que ocultam a realidade sagrada. O uso continuado das invocações no dia a dia possibilita que o Sagrado e o mundano sejam apenas um, estejam unidos em essência eliminando a aparente separação entre nós e o mundo dos Deuses.
Resposta:
Desenvolver a gratidão e o amor: Muitas são as orações e invocações que externam o amor e gratidão em suas múltiplas manifestações. Quando proferimos as palavras que compõem estas belas formas de poesia mágica, estamos despertando a compaixão tão esquecida, mas fortemente presente em cada um de nós.
Despertar a dimensão espiritual do ser: Invocações também são ferramentas capazes de acordar o ser para a sua dimensão espiritual. Ao invocar uma Deidade, estamos mergulhando em sua essência e consciência divina. O intuito disso é fazer que com o passar do tempo a nossa mente e a da Divindade estejam em perfeita unidade, de forma que possamos agir e pensar de maneira divina.
Conforme a arte da invocação fizer parte de sua vida, abrindo sua visão para a compreensão do Mistério, você naturalmente verá através do véu das aparências que ocultam a realidade sagrada. O uso continuado das invocações no dia a dia possibilita que o Sagrado e o mundano sejam apenas um, estejam unidos em essência eliminando a aparente separação entre nós e o mundo dos Deuses.
Resposta:
A Wicca não é pode ser definida apenas como uma espiritualidade ou apenas uma filosofia ou modo de vida. Ela possui todas as características de uma religião.
Segundo o Dicionário:
"A Religião pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental"
Aqui temos a Deusa como a fonte e origem de todas as coisas. Dela viemos e para ela retornaremos. Ela é a causa primeira de toda existência. Ela se manifesta imanentemente na natureza e em todas as coisas que existem e transcendentalmente, o que significa que ela também está além desse tempo e espaço.
"bem como o conjunto de rituais"
A Wicca possui um calendário litúrgico com 8 Sabbats (Rituais sazonais) e 13 Esbats (Rituais de plenilúnio). Além disso, existe todo um corpo estruturacional de como esses rituais são realizados com temas e simbolismos comuns à maioria dos praticantes da Wicca. Todos os rituais se iniciam com o lançamento do círculo, invocação aos quadrantes, aos Deuses e terminam com o destraçar do Círculo. Não importa se você esteja aqui, no Estados Unidos, na Inglaterra, no Japão ou no Tibet. Se lá existir um Wiccaniano ele iniciará seus rituais usando o mesmo procedimento, ou algo muito semelhante, que qualquer outro Wiccaniano em qualquer lugar do mundo usaria. É esta coesão que caracteriza uma religião. Uma seita não tem coesão em sua simbologia, filosofia e ritualística.
"e códigos morais que derivam dessas crenças."
Segundo o Dicionário:
"A Religião pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental"
Aqui temos a Deusa como a fonte e origem de todas as coisas. Dela viemos e para ela retornaremos. Ela é a causa primeira de toda existência. Ela se manifesta imanentemente na natureza e em todas as coisas que existem e transcendentalmente, o que significa que ela também está além desse tempo e espaço.
"bem como o conjunto de rituais"
A Wicca possui um calendário litúrgico com 8 Sabbats (Rituais sazonais) e 13 Esbats (Rituais de plenilúnio). Além disso, existe todo um corpo estruturacional de como esses rituais são realizados com temas e simbolismos comuns à maioria dos praticantes da Wicca. Todos os rituais se iniciam com o lançamento do círculo, invocação aos quadrantes, aos Deuses e terminam com o destraçar do Círculo. Não importa se você esteja aqui, no Estados Unidos, na Inglaterra, no Japão ou no Tibet. Se lá existir um Wiccaniano ele iniciará seus rituais usando o mesmo procedimento, ou algo muito semelhante, que qualquer outro Wiccaniano em qualquer lugar do mundo usaria. É esta coesão que caracteriza uma religião. Uma seita não tem coesão em sua simbologia, filosofia e ritualística.
"e códigos morais que derivam dessas crenças."
O Dogma da Arte, também chamado de Rede Wiccaniana, é um código moral simples que diz "Faça o que desejar, sem a ninguém prejudicar". É seguido por todos os praticantes da Wicca, ou ao menos deveria ser, assim como os 10 mandamentos deveriam ser seguidos por todos os Cristãos.
A Lei Tríplice é outro fundamento Wiccaniano aceito e que afirma que "Tudo o que fazemos para o bem ou para o mal volta a nós triplicado e nesta encarnação". Trata-se de um fundamento, derivado do Dogma da Arte, e que é comumente aceito por todos.
A Bruxaria tem sua própria filosofia sobre a reencarnação e vida após a morte, como toda e qualquer religião, assim como também possui códigos de ética e conduta que todos deveriam respeitar e seguir para guiar suas vidas.
A Wicca é vista pelos seus praticantes como uma religião que inclui uma forma de vida e por isso inclui uma filosofia religiosa, de ética e de conduta pessoal, permitindo a manifestação da individualidade religiosa como é sentida, mas encorajando a responsabilidade social e ambiental.
Isso é completamente diferente do caso do Xamanismo, que você citou. Apesar de existirem traços em comum entre as diferentes formas de Xamanismo ele é muito diverso e se apresenta de maneira diferente em cada parte do planeta. As forças, espíritos e Deuses observados em cada região são específicos para cada região e/ou tribo. Há total falta de coesão e unidade. Isso certamente não acontece na Wicca.
Certamente existem muitas variações de crenças e conceitos entre os vários ramos da Wicca. Embora os ritos, símbolos e costumes possam ser diferentes, todas as Tradições apóiam-se em pontos comuns e reverenciam os mesmos Deuses, observando os mesmos rituaisé e liturgia. É essa coesão que caracteriza uma religião.
Fonte: Claudiney Pietro
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